Linha do tempo da Educação Física Escolar no Brasil

LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO BRASIL

A nossa disciplina iniciou a sua trajetória como educação formal no Brasil em 1882. A saga desse então até os dias atuais foi um crescimento continuo, sempre à procura de um lugar ao sol, sólido e reconhecido como ferramenta de educação formal.

1882 – Rui Barbosa, foi o primeiro estadista a reconhecer e valorizar a Educação Física (então na época apenas denominada ginástica) nas escolas, e a equiparar o salário dos professores da área com os das demais disciplinas. Rui Barbosa defendi a tese de que a “ginástica” era necessária para que haja um corpo saudável e ativar o intelecto. Rui Barbosa é o patrono da Educação Física brasileira.

1900 – A corrente pedagógica da época tinha como objetivo a “questão higienista”. As aulas de Educação Física focavam em conteúdo de anatomia, higiene e fisiologia. A nossa área não era vista como disciplina escolar mas, apenas uma prática educativa de exercícios corporais.

1930 – A Educação Física passou a ser orientada por militares e era chamados de instrutores. A finalidade da “ginástica” (Educação Física) era a formação de homens fortes, disciplinados, resistentes a doenças e uma bonita aparência física.

1937 – A Constituição da República vigente na época passou a considerar a Educação Física uma “prática educativa” obrigatória nos ginásios atualmente a escolaridade compreendida entre o sexto e o nono ano, porém não uma disciplina escolar.

1945 – A ginástica escolar cede lugar as atividades esportivas. Estas eram consideradas mais importantes do que aquelas, dentro do currículo das unidades de ensino. As finalidades e objetivos das aulas eram o desenvolver dá a resistência, performance, desempenho esportivo, força e a velocidade.

1961 – A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, torna obrigatória a Educação Física no ensino primário, hoje a escolaridade entre o primeiro e o quinto ano e, no colegial, na atualidade o ensino médio.

1970 – A união do esporte com o nacionalismo se torna mais forte. A conquista da copa do mundo de futebol, pela seleção brasileira politicamente é aproveitada para salientar o civismo. A Educação Física passa a ter uma forte conotação esportiva.

1971 – A nova LDB da Educação Nacional, estabelece a obrigatoriedade da Educação Física no ensino de primeiro e segundo graus, na atualidade, o ensino fundamental I, II e médio.

1980 – Surge no cenário físico educacional novas linhas pedagógicas, sobre o papel da Educação Física no âmbito escolar. Os exercícios físicos e os esportes perdem forças. O novo foco do momento é aliar a disciplina, as ideias democráticas e os direitos humanos junto as práticas das atividades das aulas (conteúdos).

1996 – Nova LDB da Educação Nacional é aprovada ( LDB/96) . Nela a Educação Física passa a fazer parte da Proposta Pedagógica da Escola assumindo o seu papel definitivamente como disciplina escolar.

1997 – Nasce as primeiras tentativas para uma educação física  de âmbito nacional, com novas ideias. Educadores, filósofos, pedagogos e professores de Educação Física debatem propostas que dá origem  aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). É o ponto de largada para o ensino da Educação Física educacional. Ela se torna definitivamente uma disciplina escolar em todo o território brasileiro

2008 – Diversas facetas curriculares, dividem simultaneamente uma convivência sadia nas unidades de ensino. Umas voltadas a saúde, outras ao desenvolvimento, algumas progressistas e psicomotoras, cultural, etc.

2012 – A linha cultural encorpa entre os professores, evolui, agrega valores culturais da comunidade em que a escola está inserida, o conhecimento do movimento cultural que o aluno domina. Eminentes professores e pesquisadores universitários adotam e enriquecem a nova linha pedagógica e sua proposta educacional. Surge então nas universidades brasileiras os “grupos de estudos e pesquisas em “Educação Física Escolar”.

Eis em rápidas pinceladas um quadro evolutivo da Educação Física Escolar no Brasil.

                    Professor   Florisvaldo

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